Nota: 3.75/5 estrelas
Título original: A Court of Thorns and Roses
Autor: Sarah J. Maas
Série: Corte de Espinhos e Rosas, livro 1
Editora: Galera Record
Páginas: 434
Em Corte de Espinhos
e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um
universo repleto de ação, intrigas e romance.
Depois de anos sendo
escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os
seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das
espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora
para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma
criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para uma terra mágica
e traiçoeira que ela só conhecia através de lendas , a jovem descobre que seu
captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À
medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus
sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão
avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo
das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... Ou Tamlin e seu povo
estarão condenados.
Li esse livro duas vezes por conta da chegada do volume
2, e agora mais velha e mais sábia (até parece) consegui notar pontos que antes
me passaram despercebidos e me irritei com os mesmos que tinha visto antes.
O livro é inspirado no conto de A Bela e a Fera e é
interessante ver como a autora pega as características dessa história e vai
moldando e incorporando em sua narrativa. Não podemos negar o talento e a
criatividade da mesma para/com a criação de mundo, tanto em “Trono de Vidro”
quanto em “Corte de Espinhos e Rosas”, aqui temos descrições impecáveis e
cenários incríveis, que apesar de não existirem nos permitem visualizar cada
pedaço de seu território. Mas nem isso foi o suficiente para que eu ignorasse
coisas que me irritaram e me fizeram diminuir minha nota.
Um dos pontos é o ritmo lento da narrativa, onde vários
nadas acontecem durante praticamente mais da metade do livro e as coisas só
esquentam quando a antagonista resolve dar as caras. E independentemente do que
digam foi a presença dela e as jogadas que realizava, assim como sua ameaça
constante que moveram todo o livro, e para mim, ela acabou por roubar minha atenção
(e olha que mal aparece hein!).
Feyre é uma personagem com espaço para melhorar cada vez
mais, porém nesse livro a garota é uma inútil. Ela realmente não faz nada,
somente ‘existe’ durante todo o tempo que passa em Prythian, passeando por
campos, andando de cavalo e fica se indagando se conseguiria pintar tal pôr do
sol, tal lago, etc. A obsessão dela pelas cores beira o absurdo, quando até
numa situação em que corre perigo de vida, ela fica admirando como a luz incide
sobre tal superfície, ressaltando tal cor e blah
blah blah (faça-me o favor, né querida).
Quanto aos personagens secundários, eles são bem
construídos, desde sua família chupim (ô povinho que não ajuda nunca) até os
feéricos que acaba conhecendo (Lucian <3). Quanto ao seu par romântico, Tamlin,
não sei como me sentir em relação a ele ainda, já que acabamos conhecendo
somente um lado seu e espero ver que tipo de desenvolvimento terá a partir do
segundo livro, assim como Rhys, que chegou causando intrigas e gerando muita
desconfiança.
O que me leva a mais uma preocupação que é o triângulo
amoroso. Parece ser um hype você
criar esse tipo de intriga e é claro que em Corte também não poderia faltar
isso e dependendo de como as coisas se desenrolem, isso pode funcionar a favor
ou não para mim. Fora que a autora resolveu que ao invés de uma mísera
trilogia, agora a série terá 8 livros, o que me deixa apreensiva, porque haja
história para tanto livro (e paciência para que eu leia).
Ao todo, foi um bom começo de série, com um final que te
leva a querer o segundo livro, onde eu espero um melhor desenvolvimento dos
personagens, mas principalmente pela expansão do mundo criado e em como cada
Corte se comporta nesse mundo tão belo, mas ao mesmo tempo, tão cruel.
Diga-me nos comentários qual mundo de fantasia os
conquistou à primeira vista.
Beijinhos!
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