Nota: 4.5/5 estrelas
Autor: Sarah J. Maas
Série: Corte de Espinhos e Rosas, livro 3
Editora: Bloomsbury USA Childrens
Páginas: 705
Essa resenha contém spoilers do livro
anterior, Corte de Névoa e Fúria, por isso,
cuidado com as palavras a seguir.
*"Um pesadelo,
eu dissera à Tamlin. Eu era
o pesadelo.
Feyre retornou
para a Corte Primaveril, determinada a reunir informações sobre as manobras de
Tamlin e o rei invasor que ameaça destruir Prythian. Mas para fazer isso, ela
deve jogar um jogo mortal de enganação – e um deslize pode significar a ruína
não só para Feyre, como para seu mundo também. À medida que a guerra se
aproxima de todos eles, Feyre deve decidir em quem confiar dentre os
deslumbrantes e letais Grão-Senhores – e procurar por aliados em lugares
inesperados.
Neste emocionante
terceiro livro na série best-seller #1 do New York Times de Sarah J. Maas, a
terra será pintada de vermelho, conforme poderosos exércitos lutam pelo poder
sobre a única coisa que poderia destruir a todos eles.”
*Tradução
pessoal
Eu queria muito poder dar 5 estrelas para esse livro, afinal a conclusão da história da Feyre foi digna de excelência. No entanto, quando comparado ao segundo volume, ACOWAR (a linda abreviação desse volume) acaba por ser ofuscado pela maravilhosidade que foi o volume anterior, e apesar de ter amado essa conclusão, tive alguns problemas quanto à sua execução.
Creio que a autora tenha sido muito ambiciosa quanto
à história que queria escrever, pois esse terceiro volume possui 700 páginas,
mas o andamento da narrativa é muito lento, intercalado de pequenos tiros
estratégicos, e o confronto esperado com Hybern somente acontecendo nos últimos
30% da leitura. Você fica com um sentimento de “Tá tudo muito tranquilo... E a
guerra? E mortes? E Hybern? Vocês vão realmente ficar sentadinhos aí, batendo
papo?”
Apesar disso, tais partes foram compensadas com a
interação de Feyre com as irmãs e a preparação de todas para a luta contra
Hybern. O relacionamento fraternal entre elas foi um dos melhores pontos do
livro, pois depois daquele final em “Névoa e Fúria” uma de minhas maiores
curiosidades era como Feyre iria se adaptar a nova dinâmica, mas principalmente
como Nesta e Elain iriam reagir, e posso dizer que não fiquei desapontada,
ainda mais com as novidades que elas trouxeram.
Não pude deixar de me sentir um pouco desgostosa com
o fato de Feyre estar na Corte Primaveril no começo do livro. Não que sua
presença tenha me incomodado, mas sim o modo como ela exerceu sua influência e
seus planos para Tamlin, que me pareceram um tanto simples e sem profundidade
em sua “espionagem”. Em compensação, pudemos aproveitar o renascimento de sua
amizade com Lucien.
Feyre foi uma das melhores protagonistas que tive o
prazer de conhecer e sua evolução através dos livros foi notável, ela comete
erros e aprende com eles, mas apesar de tudo a pessoa que mais se destaca nesse
volume é Nesta. Só nos foi dado um pequeno vislumbre da complexidade que envolve
essa personagem e torço com todas as forças para que o livro do próximo ano
seja o dela.
Finalmente após dois volumes conhecemos melhor os
Grão-Senhores das outras cortes, assim como suas relações territoriais. Expandindo
ainda mais o mapa, novos lugares nos são apresentados, assim como antigos
personagens retornam à cena e novos rostos são acrescentados ao numeroso elenco
dessa saga. Focando muito mais nos campos de batalha e nas outras cortes,
aprendemos mais sobre o mundo de Prythian, assim como ficamos sabendo sobre a
história de criaturas como a Amren, o Entalhador de Ossos e a Tecelã.
O fato de que a autora já havia anunciado
anteriormente que iria continuar a série, mas com outros personagens como
principais, abriu muito espaço para que ela introduzisse diversos plots para os personagens secundários
(tem plot pra um caramba), e com tantas
pontas soltas, você acaba a leitura nervosa pelo próximo volume, principalmente
em relação a tantos shipps que são
formados (e destruídos).
Um dos clichês que aparentemente é o novo hype da autora é se utilizar do método deus ex machina para livrar a cara de todos os seus personagens. Quando bem utilizado você até pode relevar o fato de ser um clichê, mas no caso desse livro (e de Império de Tempestades, onde ela faz o mesmo) acaba por passar uma imagem de preguiça e medo de ferir os sentimentos dos leitores (minha visão, oks?)
Um dos clichês que aparentemente é o novo hype da autora é se utilizar do método deus ex machina para livrar a cara de todos os seus personagens. Quando bem utilizado você até pode relevar o fato de ser um clichê, mas no caso desse livro (e de Império de Tempestades, onde ela faz o mesmo) acaba por passar uma imagem de preguiça e medo de ferir os sentimentos dos leitores (minha visão, oks?)
Tantas coisas mais eu gostaria de dizer sobre essa
conclusão, mas já me estendi por demais e a resenha já está enorme. Termino
dizendo que essa é uma conclusão excelente para esse primeiro arco da série,
que nos deixa com a promessa de que os futuros volumes serão ainda melhores
(mas nada supera “Névoa e Fúria”, aquilo foi perfeição).
Quais são as expectativas de vocês para esse livro?
Beijinhos!
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