sexta-feira, 23 de junho de 2017

Resenha: A Court of Wings and Ruin


Nota: 4.5/5 estrelas
Autor: Sarah J. Maas
Série: Corte de Espinhos e Rosas, livro 3
Editora: Bloomsbury USA Childrens
Páginas: 705
Essa resenha contém spoilers do livro anterior, Corte de Névoa e Fúria, por isso, cuidado com as palavras a seguir.
*"Um pesadelo, eu dissera à Tamlin. Eu era o pesadelo.
Feyre retornou para a Corte Primaveril, determinada a reunir informações sobre as manobras de Tamlin e o rei invasor que ameaça destruir Prythian. Mas para fazer isso, ela deve jogar um jogo mortal de enganação – e um deslize pode significar a ruína não só para Feyre, como para seu mundo também. À medida que a guerra se aproxima de todos eles, Feyre deve decidir em quem confiar dentre os deslumbrantes e letais Grão-Senhores – e procurar por aliados em lugares inesperados.
Neste emocionante terceiro livro na série best-seller #1 do New York Times de Sarah J. Maas, a terra será pintada de vermelho, conforme poderosos exércitos lutam pelo poder sobre a única coisa que poderia destruir a todos eles.”
                     *Tradução pessoal

Eu queria muito poder dar 5 estrelas para esse livro, afinal a conclusão da história da Feyre foi digna de excelência. No entanto, quando comparado ao segundo volume, ACOWAR (a linda abreviação desse volume) acaba por ser ofuscado pela maravilhosidade que foi o volume anterior, e apesar de ter amado essa conclusão, tive alguns problemas quanto à sua execução.

Creio que a autora tenha sido muito ambiciosa quanto à história que queria escrever, pois esse terceiro volume possui 700 páginas, mas o andamento da narrativa é muito lento, intercalado de pequenos tiros estratégicos, e o confronto esperado com Hybern somente acontecendo nos últimos 30% da leitura. Você fica com um sentimento de “Tá tudo muito tranquilo... E a guerra? E mortes? E Hybern? Vocês vão realmente ficar sentadinhos aí, batendo papo?”

Apesar disso, tais partes foram compensadas com a interação de Feyre com as irmãs e a preparação de todas para a luta contra Hybern. O relacionamento fraternal entre elas foi um dos melhores pontos do livro, pois depois daquele final em “Névoa e Fúria” uma de minhas maiores curiosidades era como Feyre iria se adaptar a nova dinâmica, mas principalmente como Nesta e Elain iriam reagir, e posso dizer que não fiquei desapontada, ainda mais com as novidades que elas trouxeram.

Não pude deixar de me sentir um pouco desgostosa com o fato de Feyre estar na Corte Primaveril no começo do livro. Não que sua presença tenha me incomodado, mas sim o modo como ela exerceu sua influência e seus planos para Tamlin, que me pareceram um tanto simples e sem profundidade em sua “espionagem”. Em compensação, pudemos aproveitar o renascimento de sua amizade com Lucien.

Feyre foi uma das melhores protagonistas que tive o prazer de conhecer e sua evolução através dos livros foi notável, ela comete erros e aprende com eles, mas apesar de tudo a pessoa que mais se destaca nesse volume é Nesta. Só nos foi dado um pequeno vislumbre da complexidade que envolve essa personagem e torço com todas as forças para que o livro do próximo ano seja o dela.

Finalmente após dois volumes conhecemos melhor os Grão-Senhores das outras cortes, assim como suas relações territoriais. Expandindo ainda mais o mapa, novos lugares nos são apresentados, assim como antigos personagens retornam à cena e novos rostos são acrescentados ao numeroso elenco dessa saga. Focando muito mais nos campos de batalha e nas outras cortes, aprendemos mais sobre o mundo de Prythian, assim como ficamos sabendo sobre a história de criaturas como a Amren, o Entalhador de Ossos e a Tecelã.

O fato de que a autora já havia anunciado anteriormente que iria continuar a série, mas com outros personagens como principais, abriu muito espaço para que ela introduzisse diversos plots para os personagens secundários (tem plot pra um caramba), e com tantas pontas soltas, você acaba a leitura nervosa pelo próximo volume, principalmente em relação a tantos shipps que são formados (e destruídos). 

Um dos clichês que aparentemente é o novo hype da autora é se utilizar do método deus ex machina para livrar a cara de todos os seus personagens. Quando bem utilizado você até pode relevar o fato de ser um clichê, mas no caso desse livro (e de Império de Tempestades, onde ela faz o mesmo) acaba por passar uma imagem de preguiça e medo de ferir os sentimentos dos leitores (minha visão, oks?)

Tantas coisas mais eu gostaria de dizer sobre essa conclusão, mas já me estendi por demais e a resenha já está enorme. Termino dizendo que essa é uma conclusão excelente para esse primeiro arco da série, que nos deixa com a promessa de que os futuros volumes serão ainda melhores (mas nada supera “Névoa e Fúria”, aquilo foi perfeição).

Quais são as expectativas de vocês para esse livro?

Beijinhos!

Onde achar: AMAZON / CULTURA / SARAIVA
Outras opiniões: GOODREADS / SKOOB


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