Flipop (Festival de
Literatura Pop) foi a primeira feira focada em literatura jovem organizada pela
editora Seguinte, que ocorreu nos dias 8 e 9 de julho em São Paulo. Como era a
primeira edição, nossa administradora Carla foi representando a equipe do Contra
Capa, e nesse post ela vai contar o que achou dessa experiência, assim como tirar
algumas dúvidas que devem ter passado na cabeça de quem não pôde ir, então vem
com a gente!
1.
O valor do ingresso valeu a pena?
SIM!!! Super! Por ser um
evento experimental acredito que não tenha dado mais do que 300 pessoas. Havia
2 autores internacionais e vários nacionais, fazendo o valor de R$50 ser justo
para tudo que eles estavam oferecendo ali.
Sem contar que com um número
tão baixo de pessoas (sim o número é baixo, afinal tem sessões de autógrafo que
dão mais de 400 pessoas fácil) na hora de pegar os autógrafos internacionais
foi super tranquilo, e os nacionais, era só você falar com eles que todos
estavam muito a vontade e batendo aquele papo com os fãs, coisa que nem sempre
rola quando vamos a uma sessão de autógrafos, pois tudo é muito rápido.
2.
O transporte oferecido para chegar lá
funcionou bem?
Sim, também. As vans que
eles prometeram, que fariam o translado entre a rodoviária do Tietê até a feira
funcionaram muito bem. Na ida do primeiro dia, a galera da van se enganou e
acabou deixando parte das pessoas no pavilhão azul, acabou por termos (eu era
uma dessas pessoas) que andar até o amarelo, porém antes da manhã acabar as
pessoas já estavam sendo deixadas no lugar certo.
3.
Havia algo para comer lá? Quais eram os valores?
Então, a comida era meio
cara, e não tinha muita opção, mas havia algo e tudo era muito gostoso devo
dizer. Havia dois foodtrucks, um de massas e um de hambúrguer. O de massas
vinha pouco, mas era delicioso; já o de hambúrguer era um pouco mais barato e ótimo
da mesma forma. Se você não fosse com um lanche gastava em média, para comer
bem, entre 30 e 40 reais no almoço e se você é o tipo de pessoa que sente fome
várias vezes por dia iria gastar bem mais. Além dessas duas opções, tinha café,
tapioca e brigadeiro. Eles também eram um pouco caros, mas na fome meu amigo,
sempre é bom ter opções.
Quem não quisesse comer ali,
havia um shopping próximo, o Center Norte. De Uber dava menos de 10 reais a
viagem, porém esse trajeto não estava sendo oferecido, então quem quisesse
comer algo diferente tinha que custear sua ida e volta do evento para shopping
e vice-versa.
4.
Como funcionavam as mesas? Tinha lugar para
todos, até as internacionais?
As mesas tinham vagas para
todos os participantes da feira, e nas mesas internacionais ainda eram
oferecidos (sem custo) aparelhos de tradução simultânea. Sendo assim, um
ambiente calmo, sem correria ou briga para participar. Fora isso, ao final de
cada conversa, a mesa era aberta para perguntas, sendo possível uma
participação maior do público.
No geral as mesas foram
inspiradoras, todas tinham uma pergunta como: “Que dica você dá para quem quer
entrar no mercado editorial?” ou “Seus desafios como escritor”, ou “Que
conselho você dá para quem está começando?”. Por mais que nem todos queiram se
tornar autores, acredito que quando você vê um autor lhe dando uma dica, ainda
mais um que você é fã, você pode transformar aquilo para tudo na vida.
5. Alwyn Hamilton e Benjamin Alire-Saénz
Alwyn Hamilton é o verão no
inverno. A autora canadense se empolga ao falar. Sem brincadeira gente, ela é
muito divertida, quando chegou já garantiu risadas. No seu painel ela contou
que já terminou o terceiro livro da saga A Rebelde do Deserto e que nele vai
haver mortes (Medo). Sem contar que vai sim ter um spin-off de 60 anos
depois da primeira trilogia, o que é claro que já fez todo mundo surtar. Na
hora do autógrafo ela foi uma fofa, conversava com os fãs e ficava o tempo que
fosse necessário para fazer aquele momento ser incrível para quem estava ali
com ela. Sem dúvidas um amor!
Já o Benjamin é o autor mais
fofo, empático e incrível que eu conheci até agora. No que Alwyn foi divertida,
ele foi emocionante. Juro! O painel estava lotado e todo mundo chorou em algum
momento, afinal, quem não chora quando uma pessoa poética fala sobre amor,
aceitação, família, empatia e respeito?
6.
Momento autógrafo, como foi?
Tudo bem simples. Assim que
cheguei à feira, ganhei meu kit e uma pulseira, que tinha uma numeração, para quando
os autógrafos internacionais começassem, a equipe do evento avisasse quais
números que seriam atendidos naquele momento. Se eu fiquei 15 minutos na fila
foi muito.
Para quem está acostumada à
correria, pega-pega e confusões em eventos de autógrafos, ainda mais
internacionais, e os nacionais como já já havia dito era só acha-los na feira. Vir na Flipop foi um momento pleno e confortável.
7.
Fora as mesas, o que mais tinha para fazer?
Não muito, e nem essa era a
proposta do evento. Havia a loja para comprar os livros dos autores, tinha a
cabine fotográfica, a mesa do Turista Literário, um lugar para brincar de tiro
na garrafa (inspirado na Rebelde do Deserto) e é isso aí. Porém, como a verdadeira
proposta era participar dos painéis, acho até que teve uma quantidade adequada
de extras (mas sempre queremos mais).
8.
Baile da Seleção
Confesso que esperava um pouco
mais do Baile. Sei lá, alguém vestido de America e Maxon, algo assim. Foi
bonitinho e quem tem um grupo de amigos ou gosta de dançar se divertiu
bastante, porém era só isso mesmo dança e alguns bons lugares para bater foto
com a decoração. Se você estava esperando comes e bebes de graça isso não rolou,
na verdade nem teve o comes, só o bebes mesmo e era pago.
A idéia foi muito boa, mas
acho que com o dinheiro do ingresso eles não poderiam ter feito mais do que
fizeram, então é aquilo né. Podia ter sido melhor? Podia, mas ainda assim não
estava ruim e garantiu boas fotos e o prazer de tirar a coroa do armário,
afinal todas somos rainhas, mas não é toda ocasião que podemos ostentar isso
(^3^).
9.
Nota de 0 a 5 para 1°Flipop.
4.8. Um décimo foi retirado
por conta de eu estar esperando mais do baile e o outro décimo foi tirado por
não ter wi-fi na área do evento. Eu sei que não era obrigação deles, mas dentro
das mesas (onde passei maior parte do meu tempo) o sinal estava horrível, e não
era só comigo, não dava para postar as coisas em tempo real, (para isso tinha
que sair do painel), sem contar que postar mil coisas acaba com o pacote de 3g
de todo mundo né, então isso eu acho que era um bom investimento, até para a
própria divulgação do evento em si.
No geral a Flipop foi um
ótimo evento, perfeito para quem ama livros e odeia a correria que é a Bienal
por conta das senhas e tudo mais. Ofereceram um ótimo ambiente com os autores
internacionais e um melhor ainda com os nacionais. Há coisas que podem melhorar
sim, porém acredito que a Seguinte cumpriu bem o que prometeu para as pessoas,
e isso é algo muito valorizado. Sem dúvidas volto ano que vem, e carrego meus
amigos. Acredito que a Feira Pop possa crescer para umas 500 até umas 700
pessoas, se for muito mais, a paz que eu tanto amei nesses dias será destruída.
Não sei qual vai ser o futuro, mas no presente sei que valeu muito a pena sair
do Rio de Janeiro, ir para São Paulo e passar frio por esse evento.
Dúvidas? Comentários? Quer
saber mais? Comente aqui, vamos responder tudo para você ^-^.
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