Nota: 3.5/5 estrelas
Título original: Cinder
Autor: Marissa Meyer
Editora: Rocco Jovens Leitores
Páginas: 448
Num mundo dividido
entre humanos e ciborgues, Cinder é uma cidadã de segunda classe. Com um
passado misterioso, esta princesa criada como gata borralheira vive humilhada
pela sua madrasta e é considerada culpada pela doença de sua meia-irmã. Mas
quando seu caminho se cruza com o do charmoso príncipe Kai, ela acaba se vendo
no meio de uma batalha intergaláctica, e de um romance proibido, neste misto de
conto de fadas com ficção distópica. Primeiro volume da série Crônicas Lunares,
Cinder une elementos clássicos e ação eletrizante, num universo futurístico
primorosamente construído.
Devo dizer desde já que deveria ter comprado e iniciado
essa leitura há muito tempo, pois ela é MARAVILHOSA!
Uma coisa que vim a perceber enquanto lia o livro, é que
apesar de já ter visto diversas pessoas falarem sobre “As Crônicas Lunares”,
nunca ninguém falou sobre a sinopse. A única coisa mencionada era que se
tratava de uma releitura de contos de fadas com elementos de ficção científica,
onde no primeiro livro temos como protagonista a “Cinderela”, só que ela é uma
ciborgue. E minha experiência lendo foi muito mais gratificante sem saber a
sinopse, então se possível não leiam também.
A escrita da autora é leve e divertida com descrições
muito bem feitas, fazendo com que a narrativa seja fluida e rápida. Quanto aos
personagens, suas personalidades são bem distintas e cativantes, nos mostrando
uma Cinder forte diante das adversidades, mas com uma face frágil também e o
príncipe Kai que com tantas responsabilidades e problemas a resolver, tenta
ajudar seu povo da melhor maneira possível (apesar da situação sempre piorar).
O príncipe é um verdadeiro colírio para os olhos e muito apaixonante, de
caráter íntegro e boa índole, eu espero revê-lo nos próximos livros. No final
de tudo eu só queria abraçar a Cinder e a Iko (uma androide incrível) e
colocá-las num potinho e enchê-las de amor.
Gostei particularmente do modo como à autora pegou os
pontos essenciais da história da Cinderela e incorporou num cenário futurístico
com alguns elementos de distopia, assim como o preconceito que a população tem
contra os ciborgues e como isso influencia a vida da Cinder, já que ela é
constantemente “atacada” por algo que ela não escolheu, mas que salvou sua
vida.
Destaque também para os personagens secundários que dão
um brilho a mais na narrativa, mas eu gostaria de chamar atenção realmente para
a antagonista que tem grande potencial de se tornar alguém que vou amar odiar,
fora que ainda estou muito curiosa sobre os Lunares e suas peculiaridades.
Um ponto que será interessante sobre essa série vai ser a
variedade de etnias e características físicas que vamos encontrar durante a
série, que serão bem diferentes do padrão que parece sempre seguir os livros
(já estou ansiosa).
Pra finalizar, o ponto negativo que me incomodou nesse
primeiro volume. Trata-se do romance entre Cinder e Kai, que achei um tanto
superficial e instantâneo, quase seguindo o modo dos contos de fadas, onde um
encontro e uma troca de olhares já basta para que fiquem apaixonados. Aqui a
interação entre os dois foram muito curtas para que se construísse uma base
relativamente sólida para um relacionamento.
Um último adendo é sobre o “segredo” dela, que todo mundo
que leu conseguiu descobrir desde o começo da leitura, enquanto a burriane aqui
só conseguiu entender a partir da metade do livro, numa cena específica. Espero
ansiosamente pelo segundo volume, “Scarlet” que parece ser de opinião popular o
melhor da série (expectativas estão altas).
Diga nos comentários qual releitura de contos de fadas é
sua favorita.
Beijinhos!
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